20130503

QUÍMICA DA ATMOSFERA


A atmosfera é uma massa de gases onde permanentemente ocorrem reações químicas. Ela absorve uma variedade de sólidos, gases e líquidos provenientes de fontes naturais e industriais, que podem se dispersar ou reagir entre si ou com outras substâncias já presentes na atmosfera. A tabela a seguir mostra os gases que constituem a atmosfera:




A atmosfera nem sempre apresentou a mesma composição, o oxigênio levou mais de 1,5 bilhões de anos para sair de uma concentração de traços e atingir os atuais 21%. No entanto, parece que os homens não estão muito atentos ao fato de que nestes últimos 150 anos houve uma mudança bastante apreciável na concentração de alguns gases minoritários presentes na nossa atmosfera. O dióxido de carbono vem crescendo a uma taxa de 4% ao ano e o metano a 1% ao ano, enquanto os CFCs (clorofluorcarbonetos) crescem a uma assustadora taxa de 5% ao ano, quadruplicando sua concentração média na atmosfera nas últimas quatro décadas. Todos estes gases, ainda que minoritários, têm uma função muito importante na química da atmosfera, pois alguns são gases causadores do efeito estufa, outros destroem a camada de ozônio e alguns dos CFCs apresentam ambas propriedades com altíssima intensidade.

Poluição atmosférica

A poluição atmosférica pode ser definida como sendo a degradação da qualidade do ar.  A poluição atmosférica causa impactos negativos na saúde humana, cujo grau de incidência e de periculosidade depende do nível de poluição, assim como dos poluentes envolvidos. Os problemas com maior expressão são ao nível do sistema respiratório e cardiovascular. Os contaminantes do ar provêm de diversas fontes, como fábricas, centrais termoelétricas, veículos motorizados, no caso de emissões provocadas pela atividade humana, podendo igualmente provir de meios naturais, como no caso de incêndios florestais ou das poeiras dos desertos.
Os poluentes primários são emitidos ao meio ambiente pela ação direta da fonte poluidora e podem variar de acordo com o ramo industrial, onde foi gerado. A maior parte do CO, NOx SO2 e materiais particulados, presentes na atmosfera, é gerado por veículos automotivos.

Chuva ácida


A chuva ácida é uma das principais consequências da poluição do ar. As queimas de carvão ou de petróleo liberam resíduos gasosos, como óxidos de nitrogênio (NOx) e de enxofre (SOx). A reação dessas substâncias com a água (presente nas nuvens) forma ácido nítrico e ácido sulfúrico. Esses ácidos irão precipitar juntamente com a água, na forma de chuva, ocasionando a chamada “chuva ácida”. Os poluentes do ar são carregados pelos ventos e viajam milhares de quilômetros; assim, as chuvas ácidas podem cair a grandes distâncias das fontes poluidoras, prejudicando outros países.


Conseqüências:
• a morte de peixes em rios e lagos;
 • a destruição de folhas e galhos de árvores;
 • a alteração química do solo, pois cátions metálicos, como o Al3+, são liberados pela chuva ácida, o que provoca o envenenamento das plantações e a redução das colheitas;
 • a contaminação das águas subterrâneas;
 • a degradação de prédios, estruturas metálicas de casas, edifícios e pontes, bem como a corrosão de monumentos artísticos históricos feitos de calcário, cimento, mármore, metais e outros materiais;
 • e o surgimento de doenças respiratórias, prejudicando a saúde do ser humano e dos animais.

Camada de Ozônio


A camada de ozônio é uma espécie de capa composta por gás ozônio (O3), sendo responsável por filtrar cerca de 95% dos raios ultravioleta B (UVB) emitidos pelo Sol que atingem a Terra.
Em determinadas épocas do ano ocorrem reações químicas na atmosfera, tornando a camada de ozônio mais fina, mas logo ela volta a sua forma original. Contudo, as atividades humanas têm agravado esse processo, principalmente através das emissões de substâncias químicas halogenadas artificiais, com destaque para os clorofluorcarbonos (CFCs).
Essas substâncias reagem com as moléculas de ozônio estratosférico e contribuem para o seu esgotamento. Em 1987, visando evitar esse desastre, 47 países assinaram um documento chamado Protocolo de Montreal, que passou a vigorar em 1989. Esse Protocolo tem por objetivo reduzir a emissão de substâncias nocivas à camada de ozônio.

Efeito estufa

Este problema ambiental é o aumento da temperatura  em resposta ao aumento do índice de gás carbônico (CO2) lançado na atmosfera. Este poluente é um subproduto da queima incompleta de combustíveis fósseis (gasolina, diesel, etc.). 
A única maneira de retirar este gás nocivo de nosso meio é através da fotossíntese, e como nas últimas décadas a devastação das florestas se intensificou, o nível de CO2 só tende a aumentar daqui para frente. 

Como se não bastasse o corte ilegal de árvores, surge outro agravante do problema, as queimadas. A queima de extensas áreas verdes lança no ar mais gases causadores do efeito estufa, esta ação é responsável pelo acréscimo de 30 % da quantidade de CO2 na atmosfera. 


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